Santiago

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Cercada pela Cordilheira dos Andes e cortada pelo rio Mapocho, Santiago do Chile é uma das mais belas capitais do continente. Com paisagem cheia de parques e morros que servem de mirantes, a cidade oferece várias opções de lazer e entretenimento. Seu centro cabe na palma da mão, para conhecer tudo em detalhes. E, se quiser ir além, ela está só a poucos quilômetros do litoral, das estações de esqui e das seculares rotas dos vinhos. A principal metrópole chilena se destaca no cenário mundial não só por sua riqueza econômica, mas também pela alta civilidade, organização e hospitalidade de seus moradores.
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Informações úteis: Santiago

Mediterrâneo temperado. O verão (dezembro a março) é ensolarado, com temperatura média de 22°C. Já o inverno (maio a agosto) registra alguns graus acima de zero e abre caminho para as estações de esqui
Espanhol
Cerca de 5,5 milhões de habitantes
641 km²
(UTC -3) Mesmo horário do Brasil
Peso Chileno
+56
220 V

Cultura

Santiago é também a capital cultural do Chile. Repleta de construções históricas dos séculos 18 e 19, a cidade não perdeu a influência europeia no cenário urbano, mesmo com a crescente presença da arquitetura moderna. Um lugar emblemático é o Palácio La Moneda, sede do governo e aberto à visitação. Nos fundos do edifício, volta e meia acontecem exposições, como a dos carabineros (a polícia chilena).

Os museus são espetáculo à parte. Inaugurado em 1910 no Parque Forestal, o imponente Museu Nacional de Bellas Artes abriga acervo do período colonial em diante. Perto da Plaza de Armas, no centro, outros dois museus merecem visita: o de história nacional e o de arte pré-colombiana. Este último exibe artefatos indígenas de até 10 mil anos das Américas do Sul e Central. Já o Museo de La Solidaridad Salvador Allende remete aos tempos da ditadura e homenageia o ex-presidente que buscou democratizar as artes no país.

Quem aprecia literatura deve conferir La Chascona, a casa-museu de Pablo Neruda, onde viveu o mais famoso poeta chileno, ganhador de Prêmio Nobel. Obras e expressões artísticas mais atuais podem ser encontradas no Museu de Arte Contemporânea (MAC) e no Centro Cultural Estación Mapocho, cuja sede é uma antiga estação de trem.

A temporada de ópera, concertos e balé também é tradição na cidade. Destaque para os eventos em cartaz no esplendoroso Teatro Municipal, datado de 1857 e com estilo barroco.

Comida

O cardápio em Santiago é generoso e fresco em frutos do mar. Melhor ainda se acompanhados de um bom vinho chileno, considerado um dos melhores do mundo, graças ao clima ideal para o plantio de uva. Para refrescar no calor, outra bebida tradicional leva o nome de "mote con huesillos", feita à base de suco de pêssego.

Se bater fome, são bastante comuns os pratos de mariscos e peixes, em especial o salmão, preparados com batatas (papas) e até misturados com carne suína, bovina ou frango. Além disso, a exemplo da Argentina, as empanadas fritas ou assadas também fazem grande sucesso na cidade.

Vá, sem titubear, ao Mercado Central, um dos centros gastronômicos mais famosos da capital chilena. Existente desde 1872, o lugar reúne vários restaurantes e barracas da culinária local. Outros restaurantes turísticos se espalham pelo tradicional bairro boêmio de Bellavista. Destaque ali para o Pátio Bellavista (na rua Pio Nono), que mescla exposições de arte e boa comida.

Nos bairros de Providencia e Las Condes, por exemplo, há restaurantes mais variados e requintados. O viajante de paladar exigente pode saciar o apetite de pizza à comida francesa, japonesa ou italiana. Já a região do centro, perto da Plaza de Armas, oferece os restaurantes mais econômicos. Em Santiago, come-se muito bem com a boca – e também com os olhos.

Noite

Como toda boa capital que se preze, Santiago tem uma vida noturna intensa e eclética. A diversão vai de bares de jazz ou rock a clubes de músicas latina (salsa, cumbia e reggaeton) e eletrônica. A zona boêmia se espalha por diversos bairros madrugada adentro.

Reduto de artistas e decolados, o Bellavista tem um rico repertório de bares, cujas mesinhas nas calçadas ficam abarrotadas no happy hour de verão. O agito começa na rua Pio Nono e se estende aos quarteirões adjacentes. Em Las Condes, os pubs e boates das avenidas Apoquindo e Las Condes também são imperdíveis. Enquanto em Providencia, brilham as casas dançantes ao ritmo bate-estaca e bares de estilo retrô, especialmente na região da rua Suécia.

Pensa que acabou? As baladas continuam em outros bairros como Nuñoa, Lastarria, Vitacura e (pasmem!) Brasil. Com este nome, a festa e animação são garantidíssimas.

O que fazer

O que fazer em Santiago do Chile? A região central de Santiago tem muita coisa para ver e visitar. Boa pedida é começar pelo marco zero da cidade, a Plaza de Armas, um espaço do século 16, onde também fica a catedral metropolitana e outros edifícios históricos. Ao caminhar pelo centro, tome como referência o rio Mapocho e o calçadão paralelo da avenida Libertador O'Higgins, conhecida também como Alameda, que corta vários bairros. 

Ao longo desse percurso, encontram-se muitas atrações. Uma delas é o Palácio de La Moneda, a imponente sede do governo chileno, de arquitetura colonial espanhola. Ali perto, experimente relaxar ou se exercitar no agradável Parque Forestal. Aliás, os parques urbanos nas montanhas são outra marca de Santiago. Oportunidade única de conhecer a cidade do alto e admirar a cordilheira.

É possível subir os cerros (morros) verdes de bonde, teleférico ou caminhada. O cerro San Cristóbal é considerado o maior parque do Chile. Em seu topo, há uma estátua de 14 metros da Imaculada Conceição, que lembra um pouco o Cristo Redentor do Rio de Janeiro. Repleto de monumentos, fontes e jardins, o cerro Santa Lucia é o ponto onde Pedro de Valdivia fundou Santiago, em 1541. Não se esqueça da máquina fotográfica.

Depois de explorar toda a cidade, é hora de ver o que tem de bom ao redor dela. A uma horinha de Santiago, eis a famosa estação de esqui Valle Nevado, com 40 km de pistas para todos os níveis. As praias também não são longe da capital. Dá para ir de carro até os badalados balneários de Viña del Mar e Valparaiso.

Não será preciso viajar, no entanto, para visitar a secular rota dos vinhos chilenos. Na área mais periférica, ainda dentro dos limites urbanos de Santiago, reside Valle del Maipo, região vinícola com programas de visitas e degustação. Vale a pena conferir – e experimentar – um pouco da arte de fazer vinhos.

Compras

A capital chilena atende a todos os gostos e bolsos. Aos amantes das grifes internacionais, a rua Alonso de Cordova é dona de calçadas largas e belos jardins em meio às cobiçadas vitrines. As butiques elegantes continuam pelas vias do bairro Las Condes, onde fica um dos principais shoppings da cidade.

Por outro lado, Providencia mistura área residencial e comercial de classe média. A avenida Bellavista, no bairro homônimo, tem mais uma leva de lojas interessantes e acessíveis, assim como o Patio Bellavista, na rua Constitución.

Seja em mercados especializados ou em feirinhas de rua, os artesanatos são boa opção de presente ou lembrancinha. No inverno, fazem sucesso os típicos xales, cobertores de lã e os ponchos. Há ainda muitas joias e objetos feitos com lapis lazuli, tradicional pedra semipreciosa do Chile e bastante usada pelos artesões locais. Os vinhos chilenos também são vendidos demais. A loja mais conhecida do gênero é a Vinoteca, com unidades na avenida Isidora Goyenechea e no aeroporto.

Transporte

Plana e compacta, Santiago facilita a vida de quem precisa andar a pé pra lá e pra cá. Ao mesmo tempo, a cidade possui uma eficiente rede de metrô. São cinco linhas que se interligam com o também amplo sistema de ônibus.

Os táxis locais são mais baratos que os brasileiros e estão disponíveis em três opções: os tradicionais, os coletivos e os radiotáxis. É possível até combinar o preço antes da corrida. Quem alugar carro, por sua vez, vai encontrar um trânsito bem sinalizado e organizado.

Com a Cordilheira dos Andes servindo sempre de referência para indicar a direção, não há como se perder.

Já o aeroporto internacional Arturo Merino Benítez fica fora da área urbana, a cerca de 20 km do centro. Ele é acessível por meio de ônibus, táxis e vans.